GONORRÉIA:
Infecção da uretra,
causada por uma bactéria conhecida por gonococo. Apresenta-se inicialmente com
dor e ardência uretrais durante a micção, depois aparecendo uma secreção
espessa e mal cheirosa, com aspecto de pus, em geral três a cinco dias após
contato sexual com parceira contaminada. Se não diagnosticada e tratada
adequadamente poderá evoluir para complicações importantes, desde inflamação
crônica da próstata até infertilidade. A sua incidência permanece alta e, como
muitas das pessoas acometidas utilizam o expediente da
"automedicação" ou do auxílio do balconista de farmácia para
"medicá-las", há sempre uma sub-estimativa da incidência de gonorréia
pelos órgãos de saúde competentes.
URETRITE
CHLAMIDIANA:
Infecção da uretra,
causada por uma bactéria chamada Chlamydia tracomatis. Via de regra os sintomas
aparecem cerca de sete a dez dias após o contato sexual, como uma secreção
esbranquiçada, inodora e um tanto fluida, quase sempre sem sintomas de ardência
ou prurido uretrais. Pode também permanecer com sintomas muito discretos,
apenas, o que contribui na maioria das vezes para a postergação do tratamento
pertinente, culminando com complicações indesejáveis, como por exemplo,
infertilidade.
SÍFILIS:
Doença perigosa,
pois, se não tratada adequadamente no início, poderá agir no organismo de
maneira sorrateira, causando sérios problemas de ordem cardiovascular e podendo
contribuir, em última instância, para a loucura e até a morte. A manifestação
clínica inicial quase sempre se faz no local da penetração da bactéria, ou
seja, no genital, representada por uma ferida de bordas endurecidas e sem dor
(por isso também chamada de "cancro duro"), associada ao aumento de
tamanho de gânglios na região das virilhas. Caso não seja tratada nesse momento
inicial, a doença poderá "aparentemente" desaparecer, ressurgindo
meses após com as complicações anteriormente referidas. Continua suscitando
crescente preocupação pelos órgãos de saúde competentes, sobretudo pelo aumento
recente da incidência de sífilis congênita.
CANCRO
MOLE:
Doença transmitida
exclusivamente por contato sexual, essa doença na maioria das vezes está
relacionada à promiscuidade sexual e à falta de higiene íntima. Cerca de dois a
três dias após contato com parceira contaminada, surgem pequenas feridas no
pênis, com odor característico, dolorosas e sangrando com muita facilidade.
Tendem a se multiplicar na medida em que o tempo passa, se não recebem
tratamento ideal. É chamada de "a mais venérea de todas as doenças
sexualmente transmissíveis", pois, no próprio órgão, podem se espraiar,
pelo contato de áreas sãs com áreas contaminadas.
DONOVANOSE:
Doença cada vez
menos freqüente, costuma ainda ter representatividade significativa no
semi-árido nordestino, sobretudo no estado de Pernambuco. Questiona-se até a
sua transmissibilidade sexual. Inicia-se normalmente como feridas nas áreas
genital e peri-genital, que pode se apresentar de várias formas, quase sempre
indolores ou pouco incomodativas, contribuindo, desse modo, para a sua longa
permanência sem tratamento. Assim, tendem a se desenvolver lenta e
progressivamente mas, se não tratadas, podem levar a distúrbios locais
extremamente desagradáveis.
HERPES:
Doença causada
pelo vírus do herpes simples, a doença quase invariavelmente se apresenta em
dois locais distintos do organismo, de acordo com o sub-tipo viral: na região
oro-labial e na região genital. O aspecto inicial da doença é o de pequenas
bolhas que surgem sobre uma superfície avermelhada das mucosas e que
espontaneamente se rompem, formando pequenas feridas, que podem juntar-se e
quase sempre com ardência local. Quando não infectadas tendem a desaparecer
entre quatro e dez dias, não significando que o paciente esteja curado. De
acordo com o estado imunológico da pessoa acometida pelo vírus, pode haver
ressurgimentos da doença, fato muito desagradável e frustrante, tanto para o
paciente quanto para o médico, haja vista a inexistência de vacina específica
para o combate a esse tipo de vírus.
LINFOGRANULOMA
VENÉREO:
Doença conhecida
vulgarmente como "mula", faz parte do grupo de doenças cuja
transmissão se faz exclusivamente por contato sexual. Quase nunca conseguimos
identificar o local em que a bactéria penetra no genital. Os efeitos deletérios
dessa penetração se fazem evidentes na região das virilhas, onde cerca de duas
semanas após costumam surgir gânglios aumentados de tamanho, dolorosos, com
tendência à formação de abscessos. A febre é um sinal importante e costuma
acompanhar o paciente nas fases mais tardias da doença. Caso o tratamento não
se faça de maneira oportuna, podem advir algumas complicações importantes, como
por exemplo, estreitamento do reto, mormente nas mulheres.
MOLUSCO
CONTAGIOSO:
Apesar de poder se
manifestar em qualquer parte do corpo e acometer mais freqüentemente as
crianças, o molusco contagioso por vezes é transmitido por contato de pele e
mucosas durante o intercurso sexual. Aparece como pequenas elevações (referidas
como "carocinhos") que podem ser confundidas com verrugas, mas que
tem como característica principal uma ligeira depressão no topo da elevação.
São causadas por um vírus, não raramente desaparecem espontaneamente e o
tratamento tem que ser feito especificamente pelo médico.
VERRUGAS
GENITAIS:
Doenças que são
conhecidas popularmente, como "crista de galo", as verrugas que
acometem o genital são causadas por um vírus conhecido como HPV e são,
disparadamente, as DST mais freqüentes nos dias atuais. A importância maior
para o homem, independentemente da presença de lesões de aspecto repugnante, é
a relação direta entre HPV e câncer de colo do útero e vagina, nas respectivas
parceiras sexuais. Daí que todo homem portador desse tipo de problema tem que
ser muito bem avaliado, adequadamente tratado e orientado quanto aos cuidados
inerentes à parceira. O tempo de aparecimento das verrugas após a transmissão
ainda não foi matematicamente especificado, porém é muito variável na
dependência da defesa imunológica do portador do vírus, podendo chegar até a
oito meses.
CANDIDÍASE
PENIANA:
Doença geralmente
surgida 24 a 48 horas após uma relação sexual, as inflamações que acometem a
glande (extremidade ou "cabeça" do pênis) e a mucosa do prepúcio
(pele que recobre a glande) se apresentam como pontilhados avermelhados que
coçam bastante e são causados, na maioria das vezes por fungos, cujo mais
freqüente é o "candida albicans". As pessoas diabéticas e as que têm
o prepúcio alongado são as mais acometidas. Não é uma doença obrigatoriamente
transmitida pelo sexo e, na eventualidade de repetições freqüentes, torna-se
muitas vezes necessário o tratamento cirúrgico visando à remoção da área de
mucosa que se acha limitada na sua capacidade de defesa local.
FONTE: http://portaldocoracao.uol.com.br/sexo-e-coraco/doencas-sexualmente-transmissiveis-nos-homens
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