sábado, 12 de outubro de 2013

AIDS

A AIDS, também conhecida como SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A ação desse vírus no organismo é problemática, pois esse ataca principalmente os linfócitos, reduzindo progressivamente a eficácia do sistema imunológico, deixando a pessoa mais suscetível à outras doenças.
Essa doença é transmitida através do contato sexual, da transfusão de sangue contaminado, da mãe para o bebê durante o parto ou na amamentação e ainda pela reutilização de seringas e agulhas entre os usuários de drogas injetáveis. Como não há cura para a doença, seu combate deve ser feito através de medidas preventivas, tais como o uso de preservativos (camisinhas), o controle de qualidade do sangue usado em transfusões e o emprego de seringas e agulhas descartáveis.
Foi recentemente descoberta, sendo reconhecida apenas em 1981, embora exista evidencias de mortes por AIDS cerca de trinta anos antes. A origem do vírus é ainda desconhecida, sendo uma das hipóteses a de que teria surgido na África central, como resultado de uma mutação, e descendendo por via indireta de outro vírus, não patológico, identificado no macaco (Cercopithecus aethiops). Em 1984, cientistas americanos e franceses isolaram, de células de pacientes com AIDS, o vírus HIV, que passou a ser considerado o causador da doença.
O dia 1 de dezembro foi internacionalmente instituído como o Dia Mundial de Combate à Aids e é quando o mundo une forças para a conscientização sobre essa doença. Desde o final dos anos 80, tal dia vigora no calendário de milhares de pessoas ao redor do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ao final de 2007, 33 milhões de pessoas conviviam com o vírus do HIV no planeta, e diariamente surgem 7.500 novos casos.

COMO O VÍRUS HIV AGE NO ORGANISMO
O HIV ataca e destrói céulas específicas de defesa do organismo, os linfócitos T4 e os monócitos, tipos de glóbulos brancos. O HIV se liga nas moléculas receptoras CD4, encontradas na superfície dessas células de defesa. Ao se ligar, o vírus logo consegue penetrá-la, podendo permanecer anos nela sem apresentrar qualquer tipo de sintomas. Nessa fase, chamada de período de latência, a pessoa é considerada portadora do vírus ou soropositiva. Após essa fase, o vírus torna-se ativo e começa a se multiplicar destruindo as células de defesa do organismo. A partir dessa fase, os sintomas começam a aparecer e a pessoa é considerada "aidética".

TRANSMISSÃO
A via mais freqüente da transmissão do HIV é a sexual, porém não é a única. O contato com sangue infectado é uma das causas da transmissão do vírus da imunodeficiência humana, podendo ser feito através de objetos cortantes como seringas, agulhas e instrumentos onde possam conter resíduos sanguíneos. A transmissão também pode ser feita da mãe para o filho durante o parto, ou durante a amamentação. Uma informação importante é a de que não há relatos de casos de transmissão pela saliva, suor e lágrima, pois essas amostras não contêm uma carga viral suficiente para desencadear a doença.

SINTOMAS
Indivíduos podem apresentar o vírus na fase latente durante muitos anos, sem apresentar nenhum sintoma referente à doença.

ESTÁGIO I: INFECÇÃO AGUDA PRIMÁRIA OU INICIAL
Nesse estágio os sintomas são parecidos com os gripais.
Febre
Mal-estar
Fadiga
Cefaléia
Dores musculares e articulares
Tosse seca e prolongada
Diarréia que dure mais de uma semana
Perda de peso rápida
Erupção cutânea

ESTÁGIO II: INFECÇÃO ASSINTOMÁTICA OU INAPARENTE
É o período de latência do vírus, no qual permanece assintomático e dura em média 5 anos.

ESTÁGIO III: LINFADENOPATIA PERSISTENTE GENERALIZADA
Fase que se caracteriza pela presença de vários os gânglios do corpo (axila, virilha e pescoço, principalmente) se apresentarem inchados e persistirem nessa forma por mais de 3 meses.

ESTÁGIO IV: A DOENÇA EM SI
Os sintomas que surgem são:
Falta de apetite
Candidíase oral e de esôfago
Suores noturnos
Febre
Baixo número de glóbulos brancos
Toxoplasmose cerebral
Além dessas ocorrem doenças oportunistas como a tuberculose, infecções bacterianas severas, pneumocistose recorrente, entre outras.

PREVENÇÃO
Não compartilhar seringas e utensílios cortantes
Usar preservativos durante o ato sexual
No caso de mãe HIV positivo fazer o parto tipo cesariana e se contra-indica a amamentação.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito por meio de testes, realizados a partir da coleta de uma amostra de sangue. Se um teste de detecção de HIV é feito durante o período da janela imunológica (período que o organismo leva, a partir de uma infecção, para produzir anticorpos que possam ser detectados por exames de sangue), há possibilidade de um resultado falso-negativo, caso a pessoa esteja infectada pelo vírus. Nesse caso, a pessoa deve repetir o teste dentro de 2 a 12 semanas. Existem três métodos que são os mais utilizados para a detecção do vírus HIV:
Teste Elisa;
Teste Western Blot;
Teste de imunofluorescência indireta para o HIV.

TRATAMENTO
Em março de 1987, foi aprovado para comercialização o primeiro fármaco com atividade anti-retroviral: a azidotimidina ou zidovudina (AZT ou ZDV), que foi utilizada para o tratamento de pacientes portadores do HIV. Ele inibe o vírus HIV-1 e HIV-2, o vírus-1 da leucemia T/linfoma em humanos e outros retrovírus em mamíferos. Em 1995, a lamivudina (3TC) teve seu uso aprovado pelo FDA. Ela atua inibindo a replicação do vírus. Ambos os fármacos são agentes anti-retrovirais das classes dos inibidores da trancriptase reversa nucleosídicos. A ZDV é um pró-fármaco, cuja forma ativa é a zidovudina trifosfato (ZDV-3P). A ZDV-3P é obtida por reações de fosforilação do fármaco nos linfócitos. Seu mecanismo de ação consiste em inibir competitivamente a incorporação, pela enzima transcriptase reversa, da timidina ao DNA viral. A ZDV e a 3TC apresentam mecanismo comum de inibição da replicação do HIV. Ambas atuam inibindo a enzima transcriptase reversa viral, pois se ligam ao DNA pró-viral de linfócitos, ocasionando a terminação da cadeia de aminoácidos. Para se transformarem na forma ativa trifosfatada ambas são fosforiladas em reações intracelulares.

INIBIDORES DE INTEGRASE:
Inibe a replicação do vírus e a sua capacidade de infectar novas células, pelo fato de bloquear a enzima integrase, a qual é responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano. Exemplo: Raltegravir.

INIBIDORES DA PROTEASE:
Atuam bloqueando a protease, uma enzima usada pelo vírus para produção de novas cópias de células infectadas. Exemplos: Amprenavir, Atazanavir, Darunavir, Indinavir, Lopinavir.

INIBIDORES NÃO NUCLEOSÍDEOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA (NNRTI):
Bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicação do vírus. Exemplos: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina.

INIBIDORES NUCLEOSÍDEOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA (NRTI):
Danificam o RNA do vírus indiretamente ao atuar na enzima transcriptase reversa, impedindo-o de se reproduzir. Exemplos: Zidovudina, Abacavir, Didanosina.

REAÇÕES ADVERSAS:
O uso freqüente dos anti-retrovirais pode causar vários efeitos colaterais. Os mais comuns são diarréia, distúrbios gastrintestinais (como vômitos e náuseas), rash (manchas vermelhas de alergia na pele) e lipodistrofia.
FONTE: http://pt.wikiversity.org/wiki/Aids

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