A AIDS,
também conhecida como SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma
doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A ação desse vírus
no organismo é problemática, pois esse ataca principalmente os linfócitos,
reduzindo progressivamente a eficácia do sistema imunológico, deixando a pessoa
mais suscetível à outras doenças.
Essa doença é transmitida através do
contato sexual, da transfusão de sangue contaminado, da mãe para o bebê durante
o parto ou na amamentação e ainda pela reutilização de seringas e agulhas entre
os usuários de drogas injetáveis. Como não há cura para a doença, seu combate
deve ser feito através de medidas preventivas, tais como o uso de preservativos
(camisinhas), o controle de qualidade do sangue usado em transfusões e o
emprego de seringas e agulhas descartáveis.
Foi
recentemente descoberta, sendo reconhecida apenas em 1981, embora exista
evidencias de mortes por AIDS cerca de trinta anos antes. A origem do vírus é
ainda desconhecida, sendo uma das hipóteses a de que teria surgido na África
central, como resultado de uma mutação, e descendendo por via indireta de outro
vírus, não patológico, identificado no macaco (Cercopithecus aethiops). Em
1984, cientistas americanos e franceses isolaram, de células de pacientes com
AIDS, o vírus HIV, que passou a ser considerado o causador da doença.
O dia 1 de dezembro foi
internacionalmente instituído como o Dia Mundial de Combate à Aids e é quando o
mundo une forças para a conscientização sobre essa doença. Desde o final dos anos
80, tal dia vigora no calendário de milhares de pessoas ao redor do mundo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, ao final de 2007, 33 milhões de pessoas
conviviam com o vírus do HIV no planeta, e diariamente surgem 7.500 novos
casos.
COMO O VÍRUS HIV AGE NO ORGANISMO
O
HIV ataca e destrói céulas específicas de defesa do organismo, os linfócitos T4
e os monócitos, tipos de glóbulos brancos. O HIV se liga nas moléculas
receptoras CD4, encontradas na superfície dessas células de defesa. Ao se
ligar, o vírus logo consegue penetrá-la, podendo permanecer anos nela sem
apresentrar qualquer tipo de sintomas. Nessa fase, chamada de período de
latência, a pessoa é considerada portadora do vírus ou soropositiva. Após essa
fase, o vírus torna-se ativo e começa a se multiplicar destruindo as células de
defesa do organismo. A partir dessa fase, os sintomas começam a aparecer e a
pessoa é considerada "aidética".
TRANSMISSÃO
A
via mais freqüente da transmissão do HIV é a sexual, porém não é a única. O
contato com sangue infectado é uma das causas da transmissão do vírus da
imunodeficiência humana, podendo ser feito através de objetos cortantes como
seringas, agulhas e instrumentos onde possam conter resíduos sanguíneos. A
transmissão também pode ser feita da mãe para o filho durante o parto, ou
durante a amamentação. Uma informação importante é a de que não há relatos de
casos de transmissão pela saliva, suor e lágrima, pois essas amostras não
contêm uma carga viral suficiente para desencadear a doença.
SINTOMAS
Indivíduos
podem apresentar o vírus na fase latente durante muitos anos, sem apresentar
nenhum sintoma referente à doença.
ESTÁGIO I: INFECÇÃO
AGUDA PRIMÁRIA OU INICIAL
Nesse
estágio os sintomas são parecidos com os gripais.
Febre
Mal-estar
Fadiga
Cefaléia
Dores
musculares e articulares
Tosse
seca e prolongada
Diarréia
que dure mais de uma semana
Perda de
peso rápida
Erupção
cutânea
ESTÁGIO II: INFECÇÃO
ASSINTOMÁTICA OU INAPARENTE
É o
período de latência do vírus, no qual permanece assintomático e dura em média 5
anos.
ESTÁGIO III:
LINFADENOPATIA PERSISTENTE GENERALIZADA
Fase que
se caracteriza pela presença de vários os gânglios do corpo (axila, virilha e
pescoço, principalmente) se apresentarem inchados e persistirem nessa forma por
mais de 3 meses.
ESTÁGIO
IV: A DOENÇA EM SI
Os sintomas que surgem são:
Falta
de apetite
Candidíase
oral e de esôfago
Suores
noturnos
Febre
Baixo
número de glóbulos brancos
Toxoplasmose
cerebral
Além dessas ocorrem doenças
oportunistas como
a tuberculose, infecções bacterianas severas, pneumocistose recorrente, entre
outras.
PREVENÇÃO
Não
compartilhar seringas e utensílios cortantes
Usar
preservativos durante o ato sexual
No caso
de mãe HIV positivo fazer o parto tipo cesariana e se contra-indica a
amamentação.
DIAGNÓSTICO
O
diagnóstico da infecção pelo HIV é feito por meio de testes, realizados a
partir da coleta de uma amostra de sangue. Se um teste de detecção de HIV é
feito durante o período da janela imunológica (período que o organismo leva, a
partir de uma infecção, para produzir anticorpos que possam ser detectados por
exames de sangue), há possibilidade de um resultado falso-negativo, caso a
pessoa esteja infectada pelo vírus. Nesse caso, a pessoa deve repetir o teste
dentro de 2 a 12 semanas. Existem três métodos que são os mais utilizados para
a detecção do vírus HIV:
Teste
Elisa;
Teste
Western Blot;
Teste
de imunofluorescência indireta para o HIV.
TRATAMENTO
Em março de 1987, foi aprovado para comercialização o
primeiro fármaco com atividade anti-retroviral: a azidotimidina
ou zidovudina (AZT ou ZDV), que
foi utilizada para o tratamento de pacientes portadores do HIV. Ele inibe o
vírus HIV-1 e HIV-2, o vírus-1 da leucemia T/linfoma em humanos e outros
retrovírus em mamíferos. Em 1995, a lamivudina (3TC) teve seu uso aprovado pelo FDA. Ela atua
inibindo a replicação do vírus. Ambos os fármacos são agentes anti-retrovirais
das classes dos inibidores da trancriptase reversa nucleosídicos. A ZDV é um
pró-fármaco, cuja forma ativa é a zidovudina trifosfato (ZDV-3P). A ZDV-3P é
obtida por reações de fosforilação do fármaco nos linfócitos. Seu mecanismo de
ação consiste em inibir competitivamente a incorporação, pela enzima
transcriptase reversa, da timidina ao DNA viral. A ZDV e a 3TC apresentam
mecanismo comum de inibição da replicação do HIV. Ambas atuam inibindo a enzima
transcriptase reversa viral, pois se ligam ao DNA pró-viral de linfócitos,
ocasionando a terminação da cadeia de aminoácidos. Para se transformarem na
forma ativa trifosfatada ambas são fosforiladas em reações intracelulares.
INIBIDORES DE
INTEGRASE:
Inibe a
replicação do vírus e a sua capacidade de infectar novas células, pelo fato de
bloquear a enzima integrase, a qual é responsável pela inserção do DNA do HIV
ao DNA humano. Exemplo: Raltegravir.
INIBIDORES DA PROTEASE:
Atuam
bloqueando a protease, uma enzima usada pelo vírus para produção de novas
cópias de células infectadas. Exemplos: Amprenavir, Atazanavir, Darunavir,
Indinavir, Lopinavir.
INIBIDORES NÃO
NUCLEOSÍDEOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA (NNRTI):
Bloqueiam
diretamente a ação da enzima e a multiplicação do vírus. Exemplos: Efavirenz,
Nevirapina e Etravirina.
INIBIDORES NUCLEOSÍDEOS
DA TRANSCRIPTASE REVERSA (NRTI):
Danificam
o RNA do vírus indiretamente ao atuar na enzima transcriptase reversa,
impedindo-o de se reproduzir. Exemplos: Zidovudina, Abacavir, Didanosina.
REAÇÕES ADVERSAS:
O uso
freqüente dos anti-retrovirais pode causar vários efeitos colaterais. Os mais
comuns são diarréia, distúrbios gastrintestinais (como vômitos e náuseas), rash
(manchas vermelhas de alergia na pele) e lipodistrofia.
FONTE: http://pt.wikiversity.org/wiki/Aids
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